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ÍNDICE DE ABSORÇÃO DE ÁGUA NA CERÂMICA

O índice de absorção de água é um indicador da qualidade do produto bastante significativo do processo de produção cerâmica.
O índice de absorção de água é um indicador da qualidade do produto bastante significativo do processo de produção cerâmica.

Índice de absorção de água na cerâmica foi o tema da reportagem especial do mês de maio da NovaCer. De acordo com o técnico em cerâmica Antônio Carlos Pimenta Araújo, o processo de produção das cerâmicas tem relação direta com o valor de absorção de água, “já que produtos cerâmicos podem ter porosidade aberta em função de uma queima rápida ou de baixa temperatura e também por combustão de materiais que deixam espaços vazios onde a água pode entrar”.

Para o coordenador de Inovação, Gestão e Processo Produtivo do Instituto Senai de Tecnologia em Materiais, de Criciúma (SC), Anselmo Medeiros Marcelino, o índice de absorção de água é um indicador da qualidade do produto bastante significativo do processo de produção cerâmica. “A partir dele pode-se ter ideia que as matérias-primas foram bem selecionadas e formuladas, que o processo de conformação foi bem realizado e que o processo de queima foi adequado. Outras etapas do processo também influenciam diretamente neste índice, porém com um grau de significância um pouco menor”, relatou.

Marcelino ainda explicou que a absorção de água tem relação com a resistência mecânica das peças. “Conforme a definição de absorção de água, quanto maior este índice, maior é o percentual de porosidade aberta de um corpo cerâmico, sendo assim, maior é a fragilidade do tijolo ou da telha, pois há uma probabilidade maior do aparecimento de falhas e consequentemente a diminuição da resistência mecânica”. Porém, Dias complementou que a resistência mecânica também está associada a outros requisitos.

Na opinião de Pimenta, esta é uma correlação não direta e que geralmente é erroneamente interpretada. “Um produto cerâmico bem queimado pode ter boa resistência mecânica e um determinado valor de absorção de água, mas se elevarmos a temperatura de queima deste produto podemos diminuir a porosidade e até formar fase vítrea, mas, não necessariamente aumentar a resistência. Por outro lado, este produto queimado a temperaturas menores tende a ter maior porosidade e menor resistência. Assim, cabe ao ceramista sempre estudar suas argilas e processos para definir massas e processos adequados ao que é requisitado em norma”, concluiu Pimenta.

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